O posicionamento dos Dispositivos de Proteção contra Surtos
29/01/2016
Existem algumas dúvidas ou práticas equivocadas – o que é pior – sobre a aplicação dos Dispositivos de Proteção contra Surtos (DPS). A leitura da parte 4 da norma ABNT NBR 5419:2015, que trata da proteção dos sistemas elétricos e eletrônicos internos na estrutura nos ajuda a proceder corretamente.
Uma norma sobre descargas atmosféricas apresenta medidas cuja sua eficácia depende mais de onde as coisas estejam do que quanto elas valem, sendo o exemplo mais evidente o texto do item 5.1.3 da versão de 2005 da ABNT NBR 5419, que já afirmava:
“5.1.3.1.2- Para assegurar a dispersão da corrente de descarga atmosférica na terra sem causar sobretensões perigosas, o arranjo e as dimensões do subsistema de aterramento são mais importantes que o próprio valor da resistência de aterramento”. (Grifo meu).
A função dos DPS é permitir a equipotencialização dos condutores normalmente energizados. É a equipotencialização que protege as instalações e seus equipamentos, cabendo ao DPS possibilitá-la onde não for possível utilizar os condutores, estando a equipotencialização, utilizando ou não DPS, dentro das Medidas de Proteção contra Surtos (MPS).
O princípio de que “onde está é mais importante do que quanto vale” também se aplica aos DPSs. Para especificar estes dispositivos precisamos da planta e do unifilar, já que eles são classificados em tipos e cada tipo define de forma precisa onde eles devem ser instalados. O principal erro na especificação de um DPS é concentrar toda a atenção na corrente de surto que o DPS deve conduzir, o que é importante para a integridade do DPS, mas não atentar para garantir que a diferença de potencial em seus terminais não ultrapasse o valor que cada ponto da instalação, incluindo os equipamentos, pode suportar durante o surto de tensão, chamado de suportabilidade.
Leia na integra no link abaixo: